terça-feira, 27 de novembro de 2007

extreme makeover - home edition



Eu, ao contrário dos restantes intervenientes, não escrevo em sequência de conversas com os meus amigos! Eu não tenho amigos! Não gosto de ninguém! Estou a brincar! Tenho amigos e muito bons!

Mas adiante! Descobri há um tempo atrás, um programa. Dá no People & Arts e adoro ver. Adoro ver, por várias razões, sendo a principal, o facto de ser um programa que tem como objectivo dar uma nova oportunidade de ser feliz, a pessoas que realmente necessitam ou merecem.

É um programa que recebe candidaturas de pessoas que têm dificuldades e que vivem em condições indesejáveis. Após escolherem uma "vítima", de entre essas candidaturas, o programa vai ao local da casa, manda os residentes de férias e durante uma semana, fazem uma casa totalmente nova!

É incrível ver a reacção das pessoas quando vêem a sua casa nova e a melhoria que têm na vida, com essa remodelação.
Lembro-me, por exemplo dum rapaz que tinha tido um acidente e por isso, andava de cadeira de rodas. Essa situação, limitava completamente a sua movimentação e acesso à casa, não podendo por isso ter uma vida razoável. Eles fizeram uma casa toda a pensar nele, com elevador, quarto equipado com um sistema de activação de voz para várias funções (acender a luz, por exemplo), com acesso de rampa, à casa. É lindo ver aquilo. O sentimento de agradecimento com que as pessoas ficam é simplesmente brutal! É que estamos a falar de algo que a maioria daquelas pessoas sonhariam, mas que sabem, ou julgam, que são sonhos inatingíveis.
Pois bem, estes senhores encarregam-se de concretizar esses sonhos impossíveis e dão às pessoas uma nova vida.

Adoro mesmo ver aquilo e posso dizer que vejo mais do Extreme Makeover - Home Edition do que vejo notícias dos jornais. Porque sinceramente, prefiro mil vezes ver pessoas a chorarem de alegria por lhes darem uma casa completamente nova, do que ver pessoas a chorar de tristeza por lhes destruirem a sua casa!
Para além disso adoro ver as casas que eles fazem! São brutais.

Muita coisa se podia discutir agora, sobre este programa, e outros semelhantes, que não seria tão positivo e que têm muito a ver com a cultura americana. Mas prefiro realçar o que penso ser muito positivo, que é - apesar de haver um nítido aproveitamento mediático (eu próprio ao ver, ajudo a esse aproveitamento) da "desgraça" alheia - , o simples facto de alguém que precisa ser ajudado!

Amigos...

Boas!

Há imenso tempo que não escrevia nada. Não por falta de vontade, mas por falta de inspiração... acho que estou de volta!

Tal como o meu grande amigo Palhaço, grande parte do que escrevo tem origem em conversas com amigos - ainda não tenho estatuto para ter musas ou musos - e este texto não é excepção.

No outro dia conversávamos sobre a importância dos amigos na nossa vida e dizia um dos participantes na dita conversa, que os amigos vão e vêm...

Como???? os amigos vão e vêm??? em que raio de mundo vives???

Os conhecidos vão e vêm, passam pela nossa vida com um olá, ou uma gargalhada na conversa, mas não ficam, não perduram.

Os amigos não!!!

Amigo tem lugar, tem destaque, tem o seu próprio cantinho e por mais longe que esteja nunca está verdadeiramente ausente, nem nunca desaparece verdadeiramente... sabes que vai estar sempre por lá!

A amizade é como um jardim, que deve ser regado, cultivado, tratado para que possa florescer bonito e duradouro. Não podemos pensar nas nossas amizades como se fossem uma camisola quente que, embora gostes, só usas quando está mesmo muito frio... os amigos não são descartáveis, não são por temporadas, por estações do ano, por estados de humor!!!!

As amizades são construidas de partilhas, de momentos, de confidências, de sorrisos, de lagrimas...

Agradeço os bons amigos que tenho, procuro dar-lhes o valor que têm e lembrá-los de quão importantes são para mim!

Este é um bom momento para isso... Um grande beijo para aqueles que me riem comigo, choram comigo e me fazem lembrar que ninguém está só desde que saiba valorizar o que os rodeia!


Beijos!!!

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Decisões e Soluções

Em alguma altura da nossa vida já nos deparámos com o problema da escolha, seja uma mais pequena ou maior, mas tal e qual como os problemas, as decisões também têem a dimensão que cada um de nós lhes dá.


Em mais uma conversa com a minha "musa inspiradora", metade dos textos que já fiz foram motivados através de conversas contigo, por isso acho que o título se aplica, estive a debater o tema das escolhas, e pensando melhor o tema é do mais vasto possivel. Até o facto de não fazer uma escolha é uma escolha, fantástico!


Na vida todos os dias fazemos escolhas, sair da cama ou não, tomar banho ou não, ir trabalhar ou não, ir de carro ou transportes públicos, almoçar carne ou peixe, convidar a menina da recepção para o VIP Motel ou não, etc. Mas estas escolhas muitas vezes nem nos apercebemos que as fazemos, e são as mais importantes porque define a nossa rotina diária. Depois temos escolhas chamadas "tramadas", são aquelas que não nos apetece fazer mas tem que ser, ir ao WC público, falar a um tipo que não gramamos só porque temos algum interesse, deixar passar a velhinha na passadeira, convidar a menina da recepção ou a directora de RH, etc.


Mas as escolhas mais complicadas são aquelas que alteram a nossa vida toda, mudar de emprego, acabar/iniciar uma relação, mudar de casa, trocar de carro, etc.


Ao mudar de emprego invariávelmente vamos ser um pouco desleais, mesmo sendo o mais correctos possivel, o facto de quebrar aquele elo que foi posto preto no branco no dia que iniciámos o trabalho é uma falta de lealdade. O mesmo acontece num casamento, faz-se um contrato de "ajuntamento", preto no branco, e depois caso se deseje quebrar o mesmo contrato, mesmo sendo correcto e honesto apenas porque já não se gosta é uma deslealdade porque o casamento é para sempre....ou não... Mas são escolhas pessoais, e assim se devem manter, o facto de eu mudar ou não de emprego é minha e só minha, e não posso estar a pensar na senhora da recepção que sempre foi simpática comigo e vai sentir imenso a minha falta, nem no patrão, que acredita imenso em mim e me dá toda a confiança, porque no fim, se não me sinto bem a fazer o que faço, não sou bom no que faço. Este tipo decisão por mais egoista que possa parecer, tem mesmo que o ser. Só nós sabemos o que queremos para a nossa vida! Desde que a escolha seja feita em consciência e com responsabilidade é sempre legitima.


Eu tomei uma decisão dificil há algum tempo. Custou-me imenso, foi como espetar uma faca no corpo e sentir a lamina a entrar devagarinho até atingir o ponto fatal, mas foi consciente e responsável, e profundamente egoista, mas tinha que o ser. Como é óbvio, e meu aparato, não pensei em consequências, até porque sou homenzinho o suficiente para as suportar. Embora haja quem até ache que não sou homem, que sou um cobarde, um tal de anónimo que anda por aí a dizer isso. Se a decisão foi boa ou má, isso cabe ao futuro dizer-me!
A vida é um jogo, e em qualquer jogo se arrisca mais ou menos, como resultante, se ganha mais ou menos respectivamente. Os projectos mais riscados são os que obtêm mais facilidade de financiamento porque são os que têm uma maior expectativa de retorno . É uma das regras simples da teoria económica. Mas o ser humano, por norma, é avesso ao risco.
Numa formação de liderança que tive foi-me ensinado que pior que uma má decisão, é não ter uma decisão. Se queremos ser nós próprios temos que tomar decisões. Isto já parece um manifesto comunista anti-governamental.
Não pensem muito nas consequências, façam para ser felizes.