domingo, 19 de agosto de 2007

felicidade?!

Domingo!
Hoje é um bom dia para escrever! Mas sobre o quê? Hmmm... sobre a felicidade!

Alguém me sabe definir Felicidade? Existirá alguém realmente e inteiramente feliz? Quem será mais feliz, Donald Trump ou um qualquer Índio duma tribo da amazónia, nem sequer descoberta?

Pois é! A felicidade é uma coisa muito indefinida, quanto a mim. Sei que tenho momentos de felicidade, mas se me perguntarem se SOU FELIZ, teria que responder que não sei! Sou e fui em vários momentos da minha vida, mas tenho altos e baixos.

Mas o que me atormenta realmente, relativamente à felicidade, não é se o sou ou deixo de ser. É isso sim, saber se, por mero acaso, eu tivesse nascido no meio da amazónia ou de uma qualquer floresta perdida, sem conhecer este mundo consumista e interesseiro, eu não seria muito mais feliz??!!

A felicidade nesta sociedade, está resumida a atingir objectivos, como ter um emprego fixo; ter uma playstation3 e uma televisão enorme; adquirir um carro que pagaremos em sessenta meses; comprar uma casa e ficar a pagá-la durante quarenta anos e eventualmente ter um ou dois filhos. Depois de conseguido, viveremos a vida em função disso. Trabalharemos para pagar as prestações e a educação dos nossos filhos, que são sem sombra de dúvidas a melhor dávida do mundo (não tenho nenhum, mas não tenho dúvidas nisso) e eventualmente, faremos uma ou outra viagem que nos permitirá sair da rotina.
Mas mesmo que não seja assim e por um mero acaso, nos saiam cinquenta milhões de euros no euromilhões. Vamos ser mais felizes? Tendo tanto dinheiro, é inevitável fazermos uma vida coincidente com esse dinheiro. Quantos supostos amigos, vamos atrair? Quantas sanguessugas nos rodearão? Saberemos distinguir quem são os que interessam (Já vi alguns endinheirados, que após ficarem sem o ouro, ficaram também sem os supostos amigos.)? Saberemos tratar bem os nossos verdadeiros amigos, sem lhes "esfregar" na cara que nós somos ricos e eles não? É que eu apesar de gostar da ajuda dos meus amigos quando preciso, seguramente não gostaria de viver à custa de ninguém e alguém que me estivesse sempre a pagar tudo, poderia fazer com que eu não quisesse estar sempre com esse alguém. É que os verdadeiros amigos, sentir-se-iam mal numa situação dessas. Acho eu...

Tendo isto em conta, imaginem um Índio: que nasce no meio da "floresta perdida"; que anda toda uma vida nú (uuuhhh!! erotismo), sem pensar no fatinho Sacoor, Hugo Boss ou Pierre Cardin; que para se movimentar, não usa mais nenhum meio a não ser os seus próprios pés; que come aquilo que apanha ou caça; que para atingir a maioridade tem que saltar duma altura de não sei quantos metros com uma liana agarrada aos pés; que não conhece sequer o que é um livro; que é ele próprio a construir a sua casa, com o que a floresta lhe dá e que quando morre é pura e simplesmente enterrado no seu espaço, ou queimado, ou seja qual for a tradição da tribo.

Agora eu pergunto-me se este Índio não é mil vezes mais feliz do que eu que para ser aceite nesta sociedade, tenho que me vestir bem e caro, ter um bom carro e uma boa casa, que como o que compro, que atinjo a maioridade de que forma? Com a primeira queca? Com o primeiro trabalho? AH!! Já sei! A partir do momento em que tiro a carta, não?! E quando morrer? Deixarei aos meus familiares as despesas do funeral e das partilhas!! Lindo, não?!

Bem sei que o que escrevo aqui é um pouco extremista, mas acredito que quanto menos soubermos - ignorantes, mesmo - , mais felizes podemos ser!!

Como é que é? "Quem não vê é como quem não sabe!", não é?

A nossa noção de felicidade é proporcional àquilo que nos dão oportunidade de ter, atingir ou almejar! E quanto mais variedade houver, mais probabilidades haverão de não conseguirmos atingir tudo. Logo, mais probabilidades haverão, de estarmos mais vezes infelizes!

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